O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Defensoria Pública Estadual, a Prefeitura de Campo Grande, o IBGE e a Segem/Segov (Secretaria-Executiva de Gestão Estratégica), deu início nesta semana ao primeiro censo da população em situação de rua do Estado.
O objetivo da ação é realizar um diagnóstico preciso sobre o número de pessoas e as condições em que vivem, subsidiando a formulação de políticas públicas mais eficazes e integradas voltadas a esse grupo populacional.
A iniciativa está sendo coordenada pela Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead). Segundo a secretária Patrícia Cozzolino, a decisão atende à necessidade de consolidar dados concretos que orientem a atuação do poder público.
“Queremos contabilizar as pessoas em situação de rua e entender suas condições para que essas informações sirvam de base para políticas públicas de Estado e para a adequação dos programas sociais existentes”, explica.
Na primeira etapa do censo, equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) e do programa Mais Social, vinculado à Sead, estão realizando a contagem em campo, em diferentes regiões de Campo Grande.
De acordo com a defensora pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante, coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), a realização do censo representa um avanço institucional significativo.
“A contagem é uma conquista para o Estado, para o município e, principalmente, para as pessoas em situação de rua. O trabalho conjunto permitirá alinhar estratégias e construir políticas públicas mais efetivas, voltadas à prevenção, ao acolhimento e à garantia de direitos”, pontua.
A secretária municipal de Assistência Social e Cidadania, Camilla Nascimento, destacou que até então não havia dados específicos sobre essa população em Campo Grande.
“O levantamento é fundamental para caracterizar o perfil dessas pessoas e dimensionar o fenômeno de forma precisa. Com isso, poderemos planejar ações de maneira mais assertiva e integrada com os diferentes atores da rede socioassistencial”, afirma.
Com a conclusão do censo, o Governo do Estado e o Município terão um retrato atualizado e detalhado da população em situação de rua, permitindo planejar políticas sociais baseadas em evidências, com foco em eficiência, integração intersetorial e melhoria da qualidade dos serviços oferecidos.











