O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) divulgou um comparativo das condições hidrológicas dos rios em setembro de 2024 e 2025. Os dados mostram que, neste ano, a situação é menos crítica, com menos pontos em nível de estiagem, especialmente graças ao maior volume de água no rio Paraguai.
Apesar da melhora, o alerta segue aceso. Alguns afluentes do Paraguai ainda registram cotas baixas, assim como rios localizados na bacia do Paraná. “O monitoramento hidrológico é um instrumento essencial para planejar ações e tomar decisões de forma responsável. Ele garante segurança hídrica e ajuda a prevenir desastres”, afirmou o diretor-presidente do Imasul, André Borges.
Comparação entre anos
O acompanhamento da Sala de Situação dos Rios, criada em 2014, mostra contrastes importantes. No dia 17 de setembro de 2024, vários pontos estavam em condição de seca severa. Em 2025, o cenário se apresenta mais favorável, ainda que abaixo do ideal.
Desde 2019, no entanto, as cotas vêm registrando queda no mês de setembro. Os pontos de Ladário e Porto Murtinho, no rio Paraguai, são exemplos claros dessa tendência, consequência direta da redução das chuvas e da menor recarga subterrânea.
O técnico do Imasul, Leandro Neri Bortoluzzi, explica que, embora 2025 tenha mostrado sinais de recuperação em relação ao ano passado, a situação segue preocupante: “Tem sido frequente a redução das cotas desde 2019. Este ano melhorou, mas a recuperação depende de chuvas regulares e do equilíbrio do regime hidrológico”.
