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Setor produtivo têxtil cresce em Mato Grosso do Sul e mira expansão com sustentabilidade social

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O setor têxtil projeta um horizonte de crescimento sólido em Mato Grosso do Sul, impulsionado por investimentos que fortalecem a economia regional, geram empregos e ampliam as oportunidades de qualificação profissional. Com a consolidação da Rota Bioceânica, o Estado se prepara para conquistar novos mercados e intensificar o comércio internacional, posicionando-se estrategicamente no cenário sul-americano.

Dados do Panorama Geral da Indústria da Confecção de 2024 mostram que Mato Grosso do Sul possui 225 empresas ativas, gerando 3.118 empregos formais, com salário médio de R$ 1.680. Campo Grande concentra 52,5% dos postos. As empresas de médio porte são responsáveis por 1.487 empregos, seguidas por pequenas (898), micro (470) e grandes (263). Entre as principais ocupações estão costureiras e ajudantes de confecção – profissões marcadas por ampla presença feminina e exigência predominante de ensino médio completo.

Na avaliação da presidente do Sindvest (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de MS), Idalina Zanolli, a implementação da Rota Bioceânica representa uma oportunidade estratégica para o fortalecimento da indústria da confecção no Estado.

“A rota é uma chance concreta de reduzir custos logísticos, ampliar mercados e atrair novos investimentos, com potencial para tornar nossos produtos mais competitivos, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Empresas que hoje não exportam poderão começar a fazê-lo”, afirmou.

Idalina acredita que a logística mais eficiente despertará o interesse de grandes grupos empresariais, que podem ver em Campo Grande uma base estratégica de operações. Ela também destaca o impacto na geração de empregos, especialmente para mulheres, que hoje representam quase 80% da força de trabalho do setor no Estado. “Com a consolidação da Rota Bioceânica, a expectativa é de que o setor de confecção de MS se torne ainda mais competitivo e conectado a mercados internacionais”, acrescenta.

Reflexo concreto dessa tendência é a chegada de uma nova fábrica em Naviraí, que já começa a gerar oportunidades e demanda por profissionais qualificados, especialmente na área de costura, impulsionando a economia local e fortalecendo a cadeia produtiva do setor.

“Um dos municípios que chamou a atenção da diretoria foi Naviraí, que no passado abrigou duas importantes indústrias de confecção. Observamos ali a oportunidade de resgatar uma mão de obra já treinada, com experiência no setor. Esse foi o principal motivo que nos levou a escolher o município como sede para mais uma filial no Mato Grosso do Sul”, destaca a sócia e diretora-executiva da Nilcatex, Simone de Oliveira.

A indústria produz itens como camisetas, jaquetas, moletons, calças, bermudas, mochilas, entre outros. A partir de 2005, a companhia decidiu expandir suas operações para o Centro-Oeste, com a implantação de uma unidade em Campo Grande. “A operação começou de forma modesta, com o aluguel de um galpão de 500 metros quadrados. Posteriormente, com o apoio da prefeitura da capital, que doou um terreno de 20 mil metros quadrados, construímos nossa nova fábrica, com 6.300 metros quadrados, onde permanecemos até hoje”, conta a executiva.

Atualmente, a unidade de Campo Grande emprega 130 colaboradores de forma direta. Segundo Simone, a empresa tem expectativa de retomar o patamar de 400 empregos diretos, número já alcançado em períodos anteriores. No entanto, a falta de mão de obra qualificada tem sido um dos principais obstáculos.

A expansão da fábrica para Naviraí também conta com apoio do poder público local. Segundo a diretora, o compromisso firmado com a prefeitura prevê inicialmente a geração de 40 empregos diretos, mas a meta é mais ambiciosa: alcançar 115 postos de trabalho.

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