O Senado aprovou nesta semana o projeto de lei que cria a campanha nacional de prevenção ao suicídio, oficializando o Setembro Amarelo em todo o país.
A iniciativa também institui o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio, em 10 de setembro, e o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação, em 17 de setembro.
De acordo com o texto, o poder público, em parceria com instituições não governamentais e a sociedade civil, poderá promover eventos, atividades e campanhas de conscientização nas escolas e comunidades durante todo o mês.
A campanha terá como objetivo informar a população sobre os riscos e recursos de apoio e tratamento, estimular a busca por ajuda profissional e reduzir estigmas ligados à saúde mental. A iluminação de prédios públicos com luzes amarelas e a veiculação de campanhas na mídia também fazem parte das estratégias previstas.
A relatora do projeto, senadora Damares Alves (Republicanos-DF), destacou a importância de atenção aos jovens, especialmente em relação ao uso excessivo de telas e redes sociais, que podem atuar como catalisadores de problemas de saúde mental.
“Setembro Amarelo é a campanha que tradicionalmente marca as ações voltadas para a atenção e prevenção da automutilação, depressão e o suicídio. Outro ponto que não pode ser esquecido é o uso excessivo de telas, celulares pelos jovens, que decorre de uma dificuldade em lidar com o real. Essa atração pelas mídias sociais acende um alerta na medida em que o ambiente virtual é propício a atos de assédio e violência psicológica, tornando-se um catalisador do doecimento mental de jovens e adolescentes”, afirmou a senadora.
O projeto seguirá para sanção presidencial, caso não haja pedido de votação em Plenário, tornando-se uma política nacional oficial de prevenção ao suicídio e à automutilação.