O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), aponta que Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho, o “Claudinho Serra” (PSDB), ex-vereador de Campo Grande, é o chefe de uma organização criminosa investigada na quarta fase da Operação Tromper. As investigações envolvem um esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, com contratos que somam aproximadamente R$ 20 milhões.
Cláudio Serra Filho está preso desde o dia 5 deste mês. Segundo o GAECO, mesmo antes de assumir formalmente o cargo de Secretário Municipal de Administração, ele já articulava e estruturava os planos criminosos. Ele foi secretário Municipal de Fazenda na gestão da sua sogra, Vanda Cristina Camilo (PP).
A investigação destacou que Serra montou uma equipe para fraudes, incluindo o convite feito a Marcus Vinícius Rossetini — monitorado por tornozeleira eletrônica — para integrar o grupo meses antes da posse de Cláudio.
O GAECO afirma que Serra não apenas comandava o núcleo político, como também participava diretamente dos crimes, mantendo contato com empresários e subordinados, decidindo sobre liberação de recursos e repasse de vantagens, além de organizar o fluxo financeiro ilícito por meio de triangulações, laranjas e empresas fictícias.
As fraudes detectadas envolvem licitações para obras públicas, entre elas a Praça Triângulo, a Escola Darci Ribeiro e serviços de pavimentação e drenagem no Jardim Santa Marta. O MPMS também apontou desvios de dinheiro público e cobranças de propina feitas por Cláudio Serra Filho.