Relatório de 300 páginas, entregue à Semu (Subsecretaria Municipal de Políticas para a Mulher) de Campo Grande, em março de 2020, já pontuava falhas e a necessidade de melhorias na rede de atendimento da Casa da Mulher Brasileira.
O documento foi elaborado por cinco pesquisadoras, integrantes de consultoria contratada pela prefeitura. O trabalho durou aproximadamente um ano e segue em sigilo por questões contratuais. Segundo a equipe responsável, nada do que foi estudado gerou alguma mudança.
Entre as necessidades apontadas pelo grupo estava formação continuada para os policiais e servidores da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) em atendimento humanizado, desenvolvimento de estratégias de integração entre os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência, a criação de um núcleo de avaliação, monitoramento e análise de dados para ampliar os sistemas de produção de indicadores. Os dados serviriam para apoiar a elaboração de políticas públicas contra o problema, números inexistentes naquela época e que até hoje não são detalhados.