O trânsito de bovinos e bubalinos está oficialmente liberado entre Mato Grosso do Sul e todos os demais estados do Brasil. A medida foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) após o reconhecimento do país como livre de febre aftosa sem vacinação, alcançado durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em maio deste ano.
Com a certificação, Mato Grosso do Sul, que já se destacava como um dos principais estados produtores de carne bovina do país, passa a integrar, junto aos demais entes da federação, uma zona livre unificada da doença sem a necessidade de vacinação.
Segundo ofício encaminhado pelo Mapa às superintendências federais de Agricultura e Pecuária, não há mais restrições para o transporte de animais suscetíveis à febre aftosa entre os estados. A liberação, no entanto, não exime os criadores e transportadores de cumprir as normas vigentes para movimentação de animais e os procedimentos de fiscalização estaduais.
O reconhecimento internacional representa um marco para a pecuária sul-mato-grossense, uma das mais expressivas do Brasil. A retirada das barreiras sanitárias amplia as possibilidades de comercialização interestadual, gera novas oportunidades de mercado e fortalece a competitividade do setor.
“Com o novo status, não há mais restrições sanitárias para o transporte desses animais entre as zonas livres dentro do país”, afirmou o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. Ele destaca que a mudança traz impactos positivos imediatos para o setor produtivo local, especialmente no que diz respeito à logística, comercialização e ampliação da base de compradores.
A revogação do artigo 4º da Portaria nº 665/2024 do Mapa, que impedia o trânsito de animais oriundos de estados ainda em processo de reconhecimento, oficializa a nova realidade sanitária e garante segurança jurídica às operações.