O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi considerado culpado por duas das cinco acusações que enfrentava em julgamento nos Estados Unidos, mas foi absolvido das acusações mais graves, como tráfico sexual e conspiração para extorsão.
O veredito foi anunciado nesta quarta-feira (2), em Nova York, após quase dois meses de julgamento.
Diddy foi condenado por dois casos de transporte para fins de prostituição envolvendo suas ex-namoradas Cassie Ventura e uma mulher identificada apenas como “Jane”.
Em contrapartida, o júri o absolveu das acusações de tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção, bem como da conspiração para extorsão, que poderiam acarretar penas de até prisão perpétua. As penas pelos crimes pelos quais foi condenado podem chegar a até 20 anos de prisão.
Preso desde setembro de 2024, Diddy comemorou parcialmente o resultado, mas segue declarando inocência e, por meio da defesa, solicitou sua liberação imediata.
Durante o julgamento, a promotoria acusou o artista de usar seu império musical e empresarial para coagir e explorar sexualmente mulheres, forçando-as a participar de atos com acompanhantes para seu entretenimento, além de praticar violência e outras formas de coerção ao longo de duas décadas.
Cassie Ventura, ex-namorada do rapper, prestou depoimento detalhado, relatando episódios de violência física, abuso sexual e controle extremo durante o relacionamento. Outra testemunha, “Jane”, também descreveu pressões para manter relações sexuais sob vigilância e sem consentimento pleno.
A defesa, por sua vez, contestou as acusações, alegando que Diddy foi alvo de um “processo excessivamente zeloso” e que seus hábitos de vida, incluindo uso recreativo de drogas e uma vida swinger, foram distorcidos.
Os advogados argumentaram que as relações com profissionais do sexo teriam ocorrido de forma voluntária e negaram qualquer envolvimento em organização criminosa.
Sean John Combs, conhecido mundialmente como Diddy ou Puff Daddy, é uma figura icônica do hip-hop e da indústria musical.
Fundador da Bad Boy Records, foi responsável por lançar artistas renomados como Notorious B.I.G. e Mary J. Blige, além de acumular fortuna com diversos empreendimentos.