Terenos Carregando...

Produtores brasileiros usam aproximação do Brasil com a China como ‘carta na manga’ contra EUA

Facebook
WhatsApp
Telegram
Threads

Uma das ‘cartas’ que empresário pretendem usar nos diálogos com autoridades americanas é a possibilidade do Brasil ampliar sua relação com a China, diante da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Conforme a CNN, a ideia dos produtores é justamente mostrar a empresas e autoridades americanas que, se o objetivo das tarifas é afastar o Brasil de discursos ligados à desdolarização, o efeito pode ser o oposto.

A abordagem parte do princípio de que as tarifas têm um contexto mais político e geopolítico do que econômico. No entanto, nem o setor privado, nem os senadores envolvidos têm acesso direto à Casa Branca.

Na carta em que anunciou a tarifa, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu um tom político ao citar o ex-presidente Jair Bolsonaro. Além disso, em outras ocasiões, Trump já ameaçou sobretaxar países do Brics ou que adotem medidas “antiamericanas”.

Em agendada solicitada pelos americanos na quarta-feira (23), autoridades brasileiras do setor mineral e representantes do governo dos Estados Unidos se reuniram para debater um possível acordo entre os países na área dos minerais críticos, mercado é dominado quase exclusivamente pela China. Reduzir a dependência em relação a Pequim tem sido uma das prioridades da nova gestão Trump.

No caso do agro, que responde por três dos dez produtos mais exportados do Brasil aos EUA, a estratégia segue a mesma linha. O agronegócio brasileiro tem estreitado como nunca os laços com a China, principal destino das exportações do setor.

Durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Pequim, em maio, os países firmaram 20 acordos bilaterais, seis deles ligados diretamente ao setor agropecuário.

Compartilhar: