A Prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência na saúde por 90 dias diante do aumento de casos de síndrome respiratória e déficit de leitos na rede pública de saúde. A medida foi tomada em reunião do COE (Centro de Operações de Emergência) para Doenças Respiratórias e Arboviroses, na manhã deste sábado (26), para discutir propostas para agilizar os atendimentos.
Há quase um ano, em 30 de abril de 2024, Campo Grande decretava situação de emergência na saúde diante do déficit de leitos pediátricos. O decreto foi publicado em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), neste sábado. Conforme boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Mato Grosso do Sul registrou 1.940 hospitalizações por SRAG neste ano e 27 mortes.
Durante o encontro, foi informado que nenhum hospital da rede privada dispõe ou tem capacidade de ampliar leitos para atender a demanda do SUS (Sistema Único de Saúde), especialmente para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica.
Conforme a titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite, a medida irá permitir que o Executivo adote estratégias operacionais para melhorar o atendimento à população.
Entre elas, está a possibilidade de transferir crianças do Pronto Atendimento Infantil, no Bairro Tiradentes, para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) Universitário ou Coronel Antonino. As duas unidades de saúde operam 24 horas e teriam estrutura para receber os pacientes.
Atualmente, a norma do Ministério da Saúde aponta que o paciente precisa ser transferido para um hospital depois de 24 horas de internação em uma unidade de saúde.