Uma médica da Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Universitárias, em Campo Grande, registrou boletim de ocorrência após ser alvo de perseguição e ofensas preconceituosas feitas por um paciente de 78 anos.
De acordo com a ocorrência, a profissional relatou que os problemas começaram quando o idoso exigiu atendimento prioritário, passando à frente de outros pacientes. A médica explicou que isso não seria possível, já que os atendimentos seguem as diretrizes da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), baseados na classificação de risco ou ordem de chegada.
Apesar de não ter se recusado a atender o paciente, desde então ele passou a retornar ao posto afirmando não querer mais ser atendido por ela e dizendo a outras pessoas que pretende processá-la. A situação, segundo a vítima, tem gerado desconforto no ambiente de trabalho.
Na tarde de quinta-feira (25), o idoso teria proferido ofensas, chamando a médica de “estrangeira, pobre, pedindo esmola e que deveria estar no seu país”. Diante disso, a profissional procurou seus superiores e foi orientada a registrar o caso na delegacia.
Embora não tenha optado por representar criminalmente contra o paciente, o episódio foi registrado como injúria qualificada por preconceito, já que as ofensas atingiram a dignidade da médica em razão de sua origem.
