A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou o desbloqueio de bens avaliados em R$ 10 milhões, do juiz “aposentado” Aldo Ferreira da Silva Júnior, e de sua esposa Emmanuelle Alves Ferreira da Silva. A decisão foi assinada pelo juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos.
Os bens estavam indisponíveis desde o início de uma ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que apontou possível enriquecimento ilícito com recursos públicos.
O bloqueio havia sido autorizado para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos, mas foi revogado com base nas mudanças promovidas pela nova Lei de Improbidade Administrativa n° 14.230/2021, que exige prova concreta de risco ao resultado do processo, fato este que não foi comprovado.
Aldo Ferreira foi aposentado compulsoriamente em fevereiro de 2022, mas já estava afastado das funções desde novembro de 2018. Ele foi condenado em dois processos administrativos pelo Tribunal de Justiça.
Em sua ficha, já foi citado em investigações sobre corrupção e suspeita de participação em um esquema de venda de sentenças judiciais. A denúncia na época mostrou que o juiz montou um grupo para cometer diversos crimes nas Varas onde atuava desde 2012.