Durante o mês de julho, a campanha nacional Julho Amarelo reforça a importância da prevenção, diagnóstico e controle das hepatites virais, doenças que representam um problema de saúde pública no Brasil. As ações são voltadas à conscientização da população sobre a necessidade de testagem e cuidados preventivos.
As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e, na maioria dos casos, não apresentam sintomas. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações como cirrose e câncer hepático.
Em Bandeirantes, a Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza testagem rápida para hepatites nas Unidades de Saúde da Família (ESFs) Ciro Abro e Gedeão Nogueira da Rocha. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, gratuitamente, tratamento e acompanhamento médico para os casos confirmados.
Segundo a gerente de IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde, Larissa Martins do Nascimento, todas as pessoas devem realizar o teste pelo menos uma vez na vida. Grupos considerados mais vulneráveis devem manter uma rotina regular de testagens.
“Nas unidades de saúde é possível fazer o teste, receber a vacina e, se necessário, iniciar o tratamento, tudo de forma gratuita”, afirmou a gestora.
Hepatites Virais: tipos, formas de transmissão e prevenção
Hepatite A
Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados, contato pessoal com pessoas infectadas ou por meio de relações sexuais.
Prevenção: vacina disponível no SUS para crianças a partir de 12 meses até cinco anos incompletos.
Hepatite B
Transmissão: contato com sangue ou fluidos corporais, relações sexuais desprotegidas, uso compartilhado de objetos pessoais ou perfurocortantes contaminados, e de mãe para filho durante a gestação ou parto.
Prevenção: vacina em três doses (0, 1 e 6 meses), disponível no SUS para todas as idades.
Hepatite C
Transmissão: principalmente por contato com sangue contaminado, incluindo o uso de seringas ou instrumentos sem esterilização adequada.
Prevenção: não há vacina. O tratamento é ofertado gratuitamente pelo SUS e a doença tem cura.
Hepatite D
Transmissão: semelhante à hepatite B, sendo necessário que a pessoa esteja infectada pelo vírus da hepatite B para adquirir a hepatite D.
Prevenção: vacinação contra a hepatite B.
Vacinação em recém-nascidos
A vacinação contra a hepatite B em recém-nascidos é recomendada independentemente do status sorológico da mãe. A primeira dose deve ser administrada, preferencialmente, nas primeiras 12 horas após o nascimento. A medida visa prevenir a infecção crônica, que pode evoluir para cirrose ou câncer de fígado.
A vacina é considerada segura. O adjuvante de alumínio presente na composição está dentro dos limites aceitáveis e sua função é potencializar a resposta imunológica. Estudos científicos e organismos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) atestam sua eficácia e segurança.
A campanha Julho Amarelo segue com ações educativas e de testagem, e a orientação é que a população procure uma unidade de saúde para esclarecimentos, vacinação e exames preventivos.