Filha de dona Irene Nunes, 68 anos, atingida pela estrutura de um ponto de ônibus na manhã de terça-feira (25), no Aero Rancho, lamenta o silêncio da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) após o caso, em Campo Grande. Segundo Luana Nunes, o órgão não procurou a família, e toda a ajuda recebida foi de pessoas desconhecidas.
Sem ajuda e sem respostas da Agetran, a família da vítima diz que apesar da massiva divulgação a respeito do acidente em Campo Grande não houve procura dos responsáveis para saber a respeito da situação da idosa.
Irene sofreu duas fraturas no tornozelo, sendo uma delas exposta. A idosa aguardou por duas horas uma viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e passou por cirurgia na quarta-feira (26).
Desempregada, Luana fez um apelo para conseguir fraldas, cadeira de rodas e até uma cama de solteiro para poder cuidar da mãe em casa, no Aero Rancho, já que a idosa mora sozinha no bairro Coophavila e não teria como se recuperar sozinha.
Ponto desmoronando
A moradora vizinha ao ponto de ônibus que caiu na Rua Carlos Drumond de Andrade afirma que a vítima teve um livramento. Segundo a costureira Julieta, se a cobertura tivesse atingido a vítima, poderia ter causado a sua morte.
A moradora já havia notado que o ponto estava torto, inclinado para frente. O desabamento aconteceu quando Irene seguia para uma diária.
“Esse ponto já estava velho, deitado, todo torto, e infelizmente caiu em cima dela, tadinha. Mas, na verdade, o que ela teve foi um livramento. Se, na hora, ela tivesse corrido para frente, a cobertura teria cortado ela ao meio”, comenta.
Horas depois, o ponto foi substituído por um sem cobertura.