A Justiça de Mato Grosso do Sul liberou o ex-coordenador da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Paulo Henrique Muleta, preso desde março de 2025 durante a Operação Occulto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Após 4 meses preso, Muleta consegue converter prisão preventiva em medidas cautelares por meio de Habeas Corpus. Ele acabou preso novamente neste ano, pois tentou obstruir as investigações sobre desvios de R$ 8 milhões de recursos da Apae, que acontecem desde 2021.
Assim, ele tentou se desfazer de R$ 500 mil para evitar bloqueio, além de pedir cidadania italiana para deixar o país. Agora, ele terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá sair do Brasil. Muleta também não deve manter contato com os outros investigados.
Paulo Henrique já passou pela prisão duas vezes. O Gaeco investiga os desvios de R$ 8 milhões repassados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) para tratamento de pacientes ostomizados.
Assim, o Gaeco revelou que o então coordenador, juntamente com empresários e agentes públicos, se utilizavam de empresas de fachada para simular vendas para a rede pública de saúde.
A primeira prisão ocorreu em novembro de 2023, durante deflagração da Operação Turn Off, que revelou esquema de desvios de contratos que superam os R$ 68 milhões. Além disso, foram denunciados os empresários Lucas Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Junior, o ex-secretário de educação, Edio Antônio Resende de Castro, além dos então servidores, Thiago Haruo Mishima e Simone de Oliveira Ramires Castro.
Já referente a outra prisão, o Gaeco informou que Muleta tentou obstruir as investigações e tentava fugir do país.