A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está com estudos avançados para implementar a tecnologia de impedimento semiautomático na Série A do Campeonato Brasileiro.
A expectativa é que a novidade seja incorporada já na edição de 2026, conforme apuração da Comissão de Arbitragem da entidade.
O projeto ainda precisa do aval da nova diretoria da CBF, mas conta com o apoio do recém-eleito presidente Samir Xaud, que tem se mostrado entusiasta da iniciativa.
A tecnologia, que teve grande repercussão durante a Copa do Mundo do Catar em 2022, já foi utilizada em torneios como a Champions League, a Supercopa da UEFA, a Copa do Rei de 2024 e, mais recentemente, na Premier League.
No Brasil, a Federação Paulista de Futebol foi pioneira na adoção da ferramenta, aplicando-a nas finais do Campeonato Paulista deste ano, ao custo de aproximadamente R$ 1 milhão.
De acordo com a CBF, o processo de implementação da tecnologia levaria de quatro a seis meses após a definição da empresa responsável pela operação.
A estimativa de custo é significativamente mais alta que o atual sistema do VAR: enquanto o recurso tradicional custa cerca de R$ 20 mil por partida, a nova tecnologia demandaria investimento de cerca de R$ 100 mil por jogo. Isso se deve à complexidade do sistema, que utiliza ao menos 12 câmeras especiais e requer adaptações específicas em estádios com diferentes dimensões e estruturas em todo o país.
O impedimento semiautomático funciona com base em uma recriação tridimensional do lance, permitindo uma análise mais precisa da posição dos jogadores no momento do passe. A tecnologia colabora com os árbitros, oferecendo dados em tempo real para que o veredito final seja tomado com maior precisão e agilidade.