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Consórcio Guaicurus: Conflito de interesses pode atrapalhar CPI do transporte em Campo Grande

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A instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar possíveis irregularidades no transporte coletivo urbano em Campo Grande pode estar em risco. A CPI foi proposta para apurar denúncias contra o Consórcio Guaicurus, responsável pelo serviço na cidade.

No centro da polêmica está o procurador-geral da Câmara Municipal, Luiz Gustavo Martins Araújo Lazzari. Ele será responsável por emitir um parecer jurídico sobre a viabilidade da CPI. No entanto, sua ligação profissional com o ex-desembargador e advogado Claudionor Miguel Abss Duarte, defensor do Consórcio Guaicurus, levanta suspeitas sobre a imparcialidade de sua decisão.

De acordo com informações apuradas pelo jornal Correio do Estado, Lazzari e Duarte compartilham salas no escritório Avelino Duarte Advogados Associados. Além disso, Lazzari foi assessor do ex-desembargador por seis anos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), o que reforça as dúvidas sobre sua isenção no parecer.

A preocupação aumentou devido a um episódio semelhante ocorrido em 2021, quando um pedido de investigação contra o Consórcio Guaicurus foi arquivado. Na época, Lazzari emitiu um parecer contrário à abertura da CPI, alegando falta de um “fato certo e determinado” e de “prazo determinado” para apuração.

Essa questão também reacende discussões sobre a atuação de Lazzari na Procuradoria da Câmara. Ele enfrenta uma ação popular que questiona sua nomeação para o cargo, argumentando que a função deveria ser ocupada por um servidor de carreira. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) já se manifestou favorável à nulidade da nomeação.

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