O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) pode ser afastado por 4 meses, por obstrução da Câmara e declaração contra Hugo Motta, presidente da casa de leis. O pedido foi feito nesta sexta-feira (19) pela Corregedoria-geral da Câmara dos Deputados. Os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), que também participaram, podem ter mandato suspenso por 1 mês.
O pedido surgiu após o parlamentar ter participado da obstrução do plenário durante o protesto contra a prisão do ex-presidente, Jair Bolsonaro, em 5 e 6 de agosto, e também em apoio à anistia dos presos políticos de 8 de janeiro.
A proposta da corregedoria é que Pollon seja suspenso por 30 dias devido à obstrução do plenário e 90 dias adicionais por uma “declaração difamatória” contra o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). O protesto, que envolveu outros 13 deputados, teve como objetivo impedir Motta de ocupar a presidência da Casa no dia do motim.
Enquanto a corregedoria sugeriu apenas advertências para os demais parlamentares envolvidos, o caso de Pollon se destaca pela gravidade das alegações, que incluem ataques verbais contra o presidente da Câmara.
Agora, a decisão sobre se o parecer será acatado cabe à Mesa Diretora, e, se for aprovado, o caso seguirá para o Conselho de Ética, que fará uma nova análise antes de levar a questão ao plenário.
Diante da situação, Pollon reafirmou sua posição, dizendo que, se for afastado, isso representará um “certificado” de que não se omitiu em um momento crítico para o país.
“Ser punido por defender o povo é privilégio de quem não é covarde. Se ocorrer eventual punição, é um certificado que em momentos de grave crise institucional, não me acovardei, não me omiti e não me vendi.”, declarou Pollon.