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Campo Grande lidera ranking de pior acesso à cultura entre capitais brasileiras

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Campo Grande foi considerada a pior capital do país em acesso à cultura, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha em parceria com a consultoria JLeiva Cultura e Esporte. O levantamento, divulgado nesta semana, avaliou a participação da população em 14 atividades culturais e revelou um cenário crítico na capital sul-mato-grossense, que liderou as piores posições em quase todos os indicadores analisados.

Entre os dados mais preocupantes está a baixa adesão da população a atividades como leitura, teatro, cinema, visitas a museus, saraus e shows. A pesquisa entrevistou 600 pessoas entre abril e maio de 2025, em 60 pontos de grande fluxo de Campo Grande, com margem de erro de 4 pontos percentuais.

De acordo com a pesquisa, apenas 47% dos campo-grandenses entrevistados afirmaram ter lido ao menos um livro nos 12 meses anteriores. O acesso a bibliotecas também é limitado: apenas 15% disseram frequentar esses espaços. Quando o assunto é teatro, o número é ainda menor — 12% afirmaram ter assistido a alguma peça no último ano.

Outras atividades culturais apresentam índices igualmente baixos:

  • Feiras de livro: 9%

  • Sarau: 3%

  • Concertos musicais: 2%

  • Eventos de jogos eletrônicos: 34%

  • Museus: 66% nunca visitaram um

  • Sarau: 85% nunca participaram

  • Concertos: 89% nunca assistiram

Além disso, 70% das atividades culturais ocorrem fora dos bairros onde os entrevistados moram, dificultando ainda mais o acesso. Apenas 7% disseram ter alguma opção cultural no próprio bairro.

Idosos: os mais excluídos

A pesquisa apontou que a faixa etária com maior exclusão cultural em Campo Grande é a de pessoas acima dos 60 anos, grupo que tem menor participação em quase todas as atividades avaliadas.

Quando comparados aos dados de um levantamento semelhante realizado em 2014, os números mostram um retrocesso preocupante:

  • Shows: queda de 19%

  • Festas populares: -16%

  • Circo: -12%

  • Cinema: -11%

  • Bibliotecas: -9%

oferta cultural, e fortalecimento de políticas públicas consistentes.

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